Pessoas com implantes dentários que não fazem a higiene bucal necessária correm risco de perder o dente substituto, assim como ocorre em casos semelhantes com dentes naturais.
O cirurgião dentista José Sartoretto, especialista em odontogeriatria, explica que os idosos estão mais propensos a ter problemas como o desenvolvimento de tártaro.
“Na terceira idade, o corpo perde muita água, isso faz com que a gengiva fique mais fina e a salivação mais escassa. Além disso, o idoso tem mais dificuldade de fazer uma escovação adequada”, afirma. Essas características fazem com que as pessoas fiquem mais propensas a desenvolverem gengivite, periodontite e cáries nessa fase da vida.
Segundo Sartoretto, existem indícios de que a saliva é um agente bactericida. “Dos 25 aos
50 anos, as pessoas possuem menos cáries e é o período em que temos maior salivação. Além disso, os dentes superiores são os que adoecem primeiro e os que têm menos contato com a saliva” explica.
A recomendação é que idosos aumentem a frequência de visitas ao dentista. Dependendo do caso Sartoretto recomenda consultas entre três e seis meses. Casos mais delicados podem precisar de visitas mensais.
As consultas mais frequentes são para a realização de profilaxia dental preventiva, uma limpeza mais profunda, e para tratar os problemas já existentes.
Os idosos têm mais cuidado que os jovens, normalmente não faltam e muitos pedem procedimentos estéticos, como colocação de aparelho, lente de contato e clareamento”, afirma.
Os tratamentos mais comuns realizados pela odontogeriatria são: profilaxia dental, para eliminar placas bacterianas e tratar gengivites; implantes, para substituir dentes arrancados ou perdidos devido ao tártaro e próteses fixas ou móveis.
A placa bacteriana é o agente causador da gengivite, que é uma inflamação na gengiva. Nesses casos a área afetada fica vermelha e sangra durante escovação e utilização de fio dental.
“O tártaro é a placa, só que com microrganismos mortos e é a causa da periodontite”, afirma.
Nesses casos a gengiva começa a se retrair. O tártaro invade a área entre o dente e osso, rompendo as fibras de colágeno que prendem o dente junto ao osso, isso faz com que o dente amoleça.
Outra mudança comum é que a parte estrutural óssea fica mais mineralizada, como se o osso estivesse mais compactado. Isso facilita a colocação de implantes de carga imediata, quando o parafuso e o dente no mesmo dia — normalmente, é necessário esperar três meses para fazer a colocação do novo dente.
Matéria retirada do site: noticias.r7.com
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